O RETRATO DO RACISMO EM LIMEIRA
Enquanto temos no Município, o protagonismo político do cantor de Rap Kleberson Salgado que cobra em suas músicas o respeito pelo povo preto e a oportunidade de ter acesso aos seus direitos, ainda vivemos a criminalização da classe trabalhadora negra. É o que mostrou o caso em que um trabalhador negro, de 56 anos, foi coagido e revistado, ao ponto de ter que se despir para provar que não havia furtado qualquer produto em uma das lojas do Supermercado Assaí, localizada no centro da cidade.
A polícia municipal registrou o caso como constrangimento ao invés de registrar como injúria racial. O Ministério Público encaminhou ação pedindo abertura de inquérito para apuração do crime. Além disso, o fato foi amplamente divulgado pela imprensa e nas redes sociais.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região manifesta total repudio à pratica de criminalização estrutural da rede de supermercados contra o trabalhador negro. Esse tipo de violência ataca diariamente os trabalhadores da nossa classe, sendo ainda motivo de assédio moral dentro das empresas.
Especificamente, todo segmento varejista olha para a cor da pele como uma ameaça. O racismo é cultural e histórico. Segundo os dados divulgados em 2020 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada três presos, dois são negros. Em 75% dos casos de mortes decorrentes de ações policiais, as vítimas são negras.
O SINDICATO, PORTANTO, É RESISTÊNCIA JUNTO AO MOVIMENTO NEGRO DOS TRABALHADORES (AS) CONTRA A OPRESSÃO DO ESTADO E DO CAPITAL. A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA É PELA JUSTIÇA SOCIAL E IGUALDADE DE CLASSES. FIRMES!